Me desenvolvo e evoluo com meus filhos

terça-feira, 9 de março de 2010

Melancolia

Hoje não sei porque, talvez pela proximidade do meu níver estou sentindo tanta saudade do Marcelo.

Sinto uma saudade de quando ele tinha a idade do Ryan, que era meu, eu era sempre a preferência dele.
Quando ele estava um pouco mais velho que meu caçulinha, tinha pouco mais de 02 anos, minha mãe e eu o levamos para conhecer o mar, ele me agarrava com tanta força e chorava dizendo: "Tenho meda damá mamãe", aos poucos enquanto brincavamos eu o distraía e enfrentei o meu próprio medo do mar para que ele se acostumasse, fui andando de vagarinho para a beira do mar, até que a água bateu no pezinho dele, depois veio outra ondinha e quebrou no pezinho novamente. A essa altura ele já não queria mais sair da água.

Agora grandinho, bem indepedente, já não sou mais uma opção na vida dele, e isso me machuca.

Aí quando bateu essa saudade, agarrei o Ryan e abracei bem forte, como se pudesse impedi-lo de crescer...

Meu coração está tão machucado...

segunda-feira, 1 de março de 2010

A experiência mais intensa

Depois de duas gestações tranqüilas, dois bebês nascidos a termo, nunca me passou pela cabeça a idéia de que a 3° gesta poderia ser de risco.

Por volta da 17° semana descobri que tinha placenta baixa, que deveria repousar e com um pouco de sorte o crescimento uterino faria a placenta subir um pouco.

Mas aconteceu o inverso, o crescimento do útero fez a placenta descer ainda mais e cobrir o colo, tornando a gestação de alto risco, se antes a recomendação já era de repouso, evitar pegar peso, fazer esforço, agora a recomendação era repouso absoluto, levantar apenas para o estritamente necessário, ou seja ir ao banheiro.

Ainda assim na 35° semana tive descolamento prematuro de placenta, fui submetida a uma cesárea de emergência e nasceu meu pequeno príncipe, branco feito um fantasma por conta da anêmia causada pela hemorragia que sofri horas antes de seu nascimento.

Com desconforto respiratório, foi levado direto para a uti, onde só nos reencontramos 10:00 hs depois, e lá estava meu sonho materializado,sonhei tanto com esse menino, imaginei como seria seu rostinho sonhava com seu cheirinho, o que nunca imaginei foi que o veria daquele jeito, dentro de uma encubadora, entubado, com um pic, sonda orogástrica e sedado.

Aquilo me doeu, me culpei, orei, em silêncio pedia perdão por não tê-lo conseguido segurar por mais três semanas, afinal chegamos tão perto.

Segundo a médica plantonista da uti neo, as próximas horas seriam decisivas na vida dele.
E para nosso desespero como pais, ele piorava.

Só me restou me apegar a Deus, da minha parte não havia mais o que fazer e a medida que o tempo passava também esgotavam os recursos que os médicos poderiam utilizar.
Minha parte como mãe foi feita, fiz pré-natal direitinho, chamei um médico de minha confiança para fazer o parto, numa excelente maternidade.

Nas primeiras 48 horas ele apresentou:
anêmia
pneumonia
hemorragia cerebral
convulsão
choque séptico

Enquanto isso eu orava muito e pedia um milagre;
Minha fé foi tão grande alcancei.

Passei a viver dentro daquela uti, chegava com o dia clareando e saía por volta de 20:30 e 21:00.
Porque queria estar perto quando surgisse qualquer novidade.

Ao completar 07 dias ele foi extubado, ficou dois dias no cpap e nos dois dias que se seguiram foram diminuindo gradativamente o fluxo do vaporjet.

25/01/09 onze dias após o nascimento, depois de ficar 04 horinhas no colinho do papai, que se realizava segurando o filhotinho pela 1° vez, foram apenas notícias maravilhosas, vestiu roupinha pela 1° vez, pude amamentá-lo pela 1° vez, saiu da encubdora para o bercinho de acrílico.

Na semana que seguiu as notícias eram sempre foram sempre animadoras, até que na quinta-feira 29/01/09 saí daquele lugar levando meu bebê.

Sentia uma felicidade indescritível, mas também uma tristeza por não poder tirar dalí aquelas outras mães, principalmente a Valéria (mãe do Guilerme), com quem eu tinha mais afinidade e o dr. Evandro dizia que nossos filhos Ryan e Guilherme são irmãozinhos do céu.

O que aprendi sendo uma mãe de uti:

1° valorizar a vida
2° que a fé supera tudo
3° o valor de cada membro da minha família
4° a união e o apoio de cada membro vale mais que qualquer fortuna, juntos somos invensíveis
5° não posso ter tudo sob controle

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ser mãe é isto

Recebi esse poema em 2007, na festa de dia das mães da escolinha da Lilica.
Chorei, borrei a maquiagem...

Ser mãe é isto

Maria Augusta Gouveia


É sempre estar cansada,
de nunca ficar parada
de ter sempre o que fazer.
É engolir quase inteiro,
não demorar no banheiro
e se aprontar sem se ver.
É acordar de madrugada,
e não dormir quase nada
se um filho adoecer...

De novo ler estórinhas,
os contos da carochinha
para o filho adormecer...
É interromper a novela, quando está no melhor dela,
para o filho atender.
É inventar pratos "mil", seum filho com fastio
inventar de não comer.
É estudar outra vez
todo o curso que já fez,
para o filho aprender.

Outra vez brincar de "roda"
e estar por dentro da moda quando a filhinha crescer.
É ouvir músicas "chatas"
e esquecer a serenatas, que só lhe davam prazer.
É curtir uma quadrilha
quando então é sua filha
quem vai dançara para valer.
Ser mãe é virar semente
Para viver novamente
quando um filhinho nascer


Ser mãe...

Fui mãe pela 1° vez aos 17 anos, adolescente, cheia de medos, inseguranças.
Descobrindo a vida e a maternidade;

Difícil, meu filho e eu muitas vezes choravamos juntos, ele por algum motivo que eu desconhecia e eu por desconhecer tais motivos;

Filho mais velho é um professor, um herói, sobrevive a mãe de primeira viagem.

Marcelo, meu primeiro filho me ensinou a ser mãe, amar de verdade, dar sem esperar nada em troca, cuidar, sofrer por amor, entender um bebê, uma criança e se prepara agora para me ensinar a ser mãe de adolescente.
Não mora comigo;

Angélica, minha princesinha, 04 anos mais nova que o Marcelo.
Bonita, inteligente, estudiosa e mandona.
Está um pouco anciosa com a segunda série, mas com certeza vai tirar de letra, afinal no ano anterior a média foi 9,5.

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Ryan, o caçulinha, está com 1 ano e 01 mês.
Reina absoluto pela casa.
Meu filho mais novo e filho único do papai.

Nos deu um grande susto nos primeiros dias de vida, agora esbanja saúde.
Dono de uma curiosidade sem limites.


Com eles me desenvolvo a cada dia.



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